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A BLYTON desconhecida
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Post new topic   Reply to topic    Fórum Mistério Juvenil Forum Index -> ENID BLYTON - a escritora
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Strawberryzinha



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PostPosted: Thu Nov 30, 2006 12:08 am    Post subject: Reply with quote

São as modernices! São mais atractivos, são portugueses, etc acho que há varios motivos que podem levar-nos a ter um livro de Uma Aventura em vez de um dos 5 por exemplo.

Fiquei curiosissima, sobre a enid blyton, desde que entrei para o forum. Fala-se aqui tanto da escritora, que desatei numa correria para adquirir alguns dos livros dela.

Hoje por exemplo fiz uma compra de 9 livros, 5 das gémeas, 3 das 4 torres, e 1 da mistério. Estou a falar das versões mais antigas como calculam!

A faculdade com o espaguete que lhe enfiaram... dá mais trabalho, mas assim que tiver oportunidade em vez de procurar nos calhamaços de psicologia, vou ler estas aventuras... pretendo ver no que me surpreendem! E vou guardá-los religiosamente!

Ainda hei-de adquirir os 7, as novas aventuras dos 5, e ainda, a aventura. com calma chego lá =o)

Depois ao comentar já terei mais dados para fazer uma análise!
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misterio
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PostPosted: Thu Nov 30, 2006 4:20 am    Post subject: Reply with quote

Concordo que uma pessoa adulta pode e deve criticar determinado livro para crianças, o ponto que eu insisto é que ela tem que ser branda pois destina-se a uma população que ainda está a desenvolver as suas capacidades intelectuais. Coisa que actualmente começa-se a ver que desde muito cedo as crianças passam a ter uma mentalidade adulta muito precoce, vemos através de programas de televisão a forma como respondem a perguntas, como vestem, que actividades fazem ou o que já não fazem, passam a ter uma infância muito curta. Talvez cabe aos pais alterar isso, fazer com que os filhos participem em actividades em grupo, ao ar livre e partilhem com eles determinadas brincadeiras que tinham em pequenos.

O que leva as crianças hoje em dia a preferir livros derivados de autores e histórias de Blyton e outros autores, é o que está atrás de um produto, uma grande máquina que trabalha ininterruptamente e que começam por editar uma edição de luxo e materiais com bom acabamento, bons ilustradores, um marketing massivo nos media e até algumas adaptações no cinema e TV.

Ora vejamos, quando compramos um livro do "Harry Potter", "Uma Aventura" entre muitos outros as edições são feitas com um enorme marketing por trás, posteriormente são adaptados para cinema e TV respectivamente ao exemplo, enquanto os livros de BLyton e outros escritores, que tiveram o seu tempo de recordes de venda, actualmente passaram para as prateleiras, Os cinco são editados a um preço muito acessível e em papel de folha de jornal de péssima qualidade, com ilustrações que deixam a desejar, certos livros deixaram de se comercializar, o pouco que ainda se vende são porque os pais ou familiares tentam transmitir aos mais pequenos os livros que liam no seu tempo, apesar de hoje em dia também se fazer boas obras, como a colecção "Uma Aventura", "Clube das Chaves" e outros são disso exemplo, tudo isto fez com que certos autores passassem para segundo plano.

Para verem como o marketing a determinado produto é fundamental, quer seja livros ou outra coisa, o Nodi (Noddy) foi criado em 1949 por Blyton, apareceu em Portugal na década de 60, muita gente desconhece que esta simpática figura já está quase na terceira idade, muitos pensam que é um produto dos nossos dias porque até agora era pouco conhecido e até que uma grande empresa britânica "Chorion Company" que detém os direitos de algumas personagens como Agatha Christie, Simenon, Maigret e outros, à dois anos atrás adquiriu os direitos do Noddy e Enid Blyton, pegou no milho e começou a fazer farinha, hoje toda a gente sabe que ele é, porque inicialmente passou uma nova série na TV, e a partir dai é ver tudo o que se vende com a cara dos amigos do Noddy.
Já no tempo em que o Sr. Beek desenhou esta simpática figura se enchia o mercado com todo o merchandising da personagem, vejam a figura da década de 50 onde se pode ver a autora no meio.
Está a ser produzida uma nova série de animação dos Cinco, a estrear brevemente e com ela podem crer que se vai voltar a falar dos Cinco e de Blyton. Irá nascer uma nova fúria em busca do que a autora escreveu.


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Alguem



Joined: 11 Apr 2006
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PostPosted: Thu Nov 30, 2006 11:04 am    Post subject: Reply with quote

É para mim evidente também que o lançamento ou relançamento de um autor (mas que se aplica igualmente a cantores, compositores, pintores, etc.) obedece actualmente a operações de marketing muito bem pensadas e levadas a cabo, implicando vultuosos investimentos, dando a sensação de que aquele "produto" surge naturalmente - num dia ninguém falava disso, no seguinte já meio mundo não pode viver sem isso -, mas na verdade apelando subliminarmente aos padrões consumistas das sociedades actuais, mormente das mais desenvolvidas economicamente.

É o que acontece com o Nódi, mas também o que aconteceu com o relançamento das composições dos Abba, ou com os compositores clássicos nos seus vários centenários (lembrem-se do ano Mozart, em que toda a gente falava nele, editaram-se dezenas de novas gravações, fizeram-se espectáculos, etc. Lembrem-se do ano Verdi, igualmente...), isto só para citar alguns exemplos.

Depois, é esgotar o filão até ao último grama de minério, e lentamente esse "fenómeno" começa a esmorecer. Sempre assim aconteceu, e certamente será assim no futuro também.


Concretamente em relação ao post do DBR, qual era o panorama que tínhamos na lit. juvenil portuguesa de aventura/mistério (já agora, eu nasci em 62, portanto poucos anos devemos fazer de diferença)? Nenhuma ou praticamente isso.
Por isso é que em termos europeus (exceptuando GB/Irlanda) Portugal tinha na altura um dos maiores "contingentes" de fãs, e os seus livros se vendiam que nem pãezinhos quentes Smile . Claro que também contava a habilidade de EB de engendrar excitantes aventuras, por mais "repetitivas" e "simplistas" que parecessem ao olhar de um adulto...

Claro que os hábitos de vida mudaram imenso nestes últimos 50 anos, e os nossos jovens "exigem" livros actuais, que lhes estabeleçam referências com a realidade quotidiana portuguesa de hoje em dia, e principalmente livros mais "adultos", pois os jovens amadurecem mais rapidamente (não é a vida mais acelerada também?...) e já não se revêem nesses "antiquados" livros, decididamente "out" hoje em dia.
E o marketing sempre omnipresente...

Acredito, pois, que haja mais adultos nostálgicos a ler EB do que propriamente jovens, mais virados para as novas tecnologias...
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Strawberryzinha



Joined: 21 Sep 2006
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PostPosted: Thu Nov 30, 2006 3:32 pm    Post subject: Reply with quote

Tenho duas coisas para vos dizer.

Coisa número um:

A camara municipal de Lisboa, editou no ano passado, um livro comemorativo do centenário de Enid Blyton, não sei se tinham conhecimento disto.
Podem ver a capa do livro no link abaixo, no ficheiro em pdf na página nro 10, e podem ver também o e-mail da livraria.
No entanto uma vez que sei que voçes são fãns, eu para a semana vou buscar o meu, e no mail onde perguntei se ainda tinham exemplares, e onde fiz a minha reserva, disse que iria falar convosco, e que se voçes estivessem interessados eu mandava guardar mais exemplares. Assim, se quiserem basta mandarem-me uma pm e eu envio mail a dizer quantos quero, vou busca-los provavelmente na próxima segunda-feira. Conforme poderão ver no pdf o livro custa 2,50€ valor simbólico.
http://www.cm-lisboa.pt/?id_categoria=36&id_item=9219

Dois:

Relativamente ao que dizem do porquê de as crianças lerem os derivados da Enid... para além do marketing é também o que elas encontram nas prateleiras.
Antigamente, muitos não tinham possibilidades monetárias para adquirirem livros. Assim sendo, iam à biblioteca. E perguntam voçes, e o que é que eles achavam nas bibliotecas? Nem mais... os cinco, a patrícia, etc... livros que eram comercializados na altura. Era normal, que o fascínio por essas mesmas histórias crescesse, não iam dizer aos pais, oh pai compra-me um livro de uma aventura! Não! Pelo contrário, pediam o que conheciam e que tinham vontade de ter e ficar a conhecer o que não estava disponível na biblioteca.
Nos dias de hoje, as crianças já não recorrem tanto às bibliotecas por lazer, mas sim mais tarde para trabalhos escolares, altura em que já não têm tempo nem idade para ler livros infanto-juvenis, nem sequer é isso que lá vão à procura.
Sabemos, que infelizmente as pequenas bibliotecas municipais (não estou a incluir obviamente os grandes centros populacionais), não têm muito a nível de trabalhos escolares, logo excluindo talvez quem estude educação de infância que é relevante conhecer este tipo de obras, procura as biliotecas que lhe convêm, geralmente as dos grandes centros como Lisboa. As pequenas bibliotecas de municipios mais pequenos, lá vão tendo qualquer coisita, mas mesmo assim é do que a boa vontade consegue, e como os livros se estragam com a utilização vão tendo e porque também é o que as crianças de hoje procuram, os livros da actualidade. Ou seja, as crianças agora pedem aos pais aquilo que conhecem e a que têm acesso. Devido ao poder de compra se ter elevado e os padrões se terem modificado, hoje é importante ler e fumenta-se ou pelos menos tenta-se fumentar a leitura desde a tenrra idade. Mesmo nas escolas, elas têm o que há de mais actual, e patriótico, o que é nosso é bom, para quê literatura de autores estrangeiros se temos boa literatura portuguesa?
Ora se antes não havia possibilidades monetárias de compra, as pessoas, não tinham estas raridades, devido a não poderem comprar os livros, logo alguns destes não tinham muita saída, como o caso da Patrícia da Verbo-Juvenil. Sabem qual foi o destino dos últimos exemplares da colecção que ainda estavam na editora? Não, não os deram, não não os puseram à venda, sim queimaram-nos.
Um triste fim, quando podiam ter sido voluntáriamente entregues a biblotecas etc, onde fariam um melhor proveito, do que em cinzas.
Nos dias de hoje, a obra de Enid, não é divulgada, excluindo o actualmente o famoso Noddy. Teve tudo para vencer nesta época, não só devido ao marketing, mas sim porque o produto é realmente bom.
É infantil, é apelativo, tem uns bonecos engraçados, tem cor, e tem o elemento chave de antigamente, cada episódio ensina algo! Os miúdos conseguem tirar dali lições de moral, valores.
Acontecesse o que acontecesse, nas aventuras de Enid, eles às horas das refeições miraculosamente, estavam sempre em casa para comerem em famíla. Valores que se esbateram na nossa sociedade com o tempo.
Havia sempre a luta entre o bem e o mal, mas a aventura, que também era sentida de uma forma diferente devido ao meio em que estavam inseridos, estava lá como ingrediente fundamental.
Certamente que a noção de aventura de antigamente é muito diferente da noção de aventura dos dias de hoje. Antes ir acampar para longe como acontece nos 5, era uma aventura porque se estava longe, sem conhecer ninguém, etc... hoje com as tecnologias de comonunicação pode-se ir para à outra ponta do mundo e sem problemas. Quase que equivale nos dias de hoje a ir num interrail, e aqui já mudamos de país e não apenas de localidadem, e já é mais incerto, já tem um quê maior de aventura.
Assim sendo, os miúdos procuram o que está mais à mão, quando chegamos às grandes superficies à parte da literatura, a literatura infanto-juvenil que está mais à mostra, é o que as crianças veêm e conhecem.
A isto temos de acrescentar, a organização das prateleiras como medida de marketing. O mais caro está sempre mais à vista que o mais barato, as pessoas levam o que está mais à frente dos seus olhos do que nas prateleiras superiores e inferiores, isto tem uma tecnica de venda, e os livros não escapam!
Aliás é do mais simples, livros infantis mais rentes ao chão livros para adultos mais nas parteleiras cimeiras. Porquê? Simples! Se é criança olha pra baicho, se é adulto olha pra cima. A criança pede o de baixo, os pais querem os de cima, acabam por ter de ver tudo!

Ou seja, pode ver-se de vários angulos o porquê de os livros de Enid terem tido um expoente máximo e de estarem em declínio nos dias de hoje. A forma de mudarem isso é precisamente, as ilutrações, uma vez que uma capa apelativa, com côr, é meio caminho andado para a criança querer.
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misterio
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PostPosted: Thu Nov 30, 2006 4:16 pm    Post subject: Reply with quote

Straw. esse catálogo foi editado em 1997 na exposição comemorativa do primeiro centenario da autora.
Cheguei a ir a Lisboa à Biblioteca Nacional para o consultar.
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Strawberryzinha



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PostPosted: Thu Nov 30, 2006 4:21 pm    Post subject: Reply with quote

bem se quiser um exemplar custa 2,50€ eu ainda não o vi! Acha-o interessante?
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Staci Vaughn
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PostPosted: Thu Nov 30, 2006 10:26 pm    Post subject: Reply with quote

Se a loja fica no 21 da Av. Republica junto ao Saldanha, vou dar lá um salto para a semana, uma vez que a minha actividade profissional me obriga a deslocar com frequência à Capital e o meu posto de trabalho é mesmo ali ao lado, na Estefânia.

Trata-se de um livro ou é um mero catálogo?

Pelo preço ......hummmm????
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Strawberryzinha



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PostPosted: Thu Nov 30, 2006 11:36 pm    Post subject: Reply with quote

Trata-se de um livro ou é um mero catálogo?

julgo que é uma espécie de catalogo com todas as obras da autora! Conforme disse ainda não vi. Mas deve ser interessante! Segunda feira vou buscar o meu =o)
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misterio
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PostPosted: Fri Dec 01, 2006 4:18 am    Post subject: Reply with quote

É um Catálogo da Exposição, tem aguns depoimentos como da antiga tradutora Moctezuma e onde relata que tomou a liberdade de "aportuguesar" algumas coisas das edições originais, depoimentos de João Soares e outros. O catálogo em si é só dos lvros exposto, não é dos livros que Blyton escreveu (mais de 700), nem tão pouco, mais ou menos.
Mas vale a pena para o preço que é.
Já agora uma dica, se são estudantes levem o cartão e têm um desconto de 20%
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Alguem



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PostPosted: Fri Dec 01, 2006 1:00 pm    Post subject: Reply with quote

Moranguita, continuo na minha...

Se os jovens dantes iam às bibliotecas e só encontravam EB ou Patrícias, por que razão isso aconteceria?

Porque esse tipo de lit., escrito por portugueses, era confrangedoramente inexistente nessa altura. Quando começaram a aparecer os primeiros livros de EB (Cinco e Sete) foi a "loucura, loucura", o que me lembro bem pois tinha a idade certa para os ler no auge dessa época (com certeza o DBR dir-te-ia o mesmo, uma vez que "apanhou" essa vaga também).

Só assim se explica que em Portugal se tenham editado todas as séries importantes de aventura/mistério - Cinco, Sete, Aventura, Mistério (5D), Mistério (Chico), Série Secreta -, as séries escolares - Gémeas, Quatro Torres -, e grande parte dos livros isolados ou minisséries mais importantes (até aqueles compilados depois por EB em livros 2-em-1, mas que tinham sido originalmente escritos por Mary Pollock, seu pseudónimo).
E torno a sublinhar, esta variedade só encontras em pouco mais países europeus, fora do âmbito da língua inglesa - talvez Alemanha, Holanda, Suécia. E contrariamente ao que se poderia pensar, nos EUA não se liga um "chavo" a EB. Porquê? Lá está, escritores deste género tiveram (têm) eles aos pacotes...
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Alguem



Joined: 11 Apr 2006
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PostPosted: Fri Dec 01, 2006 7:42 pm    Post subject: Reply with quote

Strawberryzinha wrote:
Ainda hei-de adquirir os 7, as novas aventuras dos 5, e ainda, a aventura. com calma chego lá =o)


Essas "Novas Aventuras dos Cinco", com o título infeliz que lhe arranjaram, levam muita gente a pensar que seria um género de sequela levada a cabo por EB a fim de dar seguimento à sua famosa série.

Pois bem, estas NAC nada têm a ver com os Cinco nem, obviamente, com EB. Trata-se de uma série escrita pela francesa Claude Voillier, ao estilo de EB, mas "aclimatada" à realidade francesa, apenas tendo em comum o número de protagonistas.

Mesmo a tradução feita em França dos genuínos Cinco conseguiu desvirtuar partes consideráveis do texto original, na tentativa de o tornar atractivo para o público francês. O que coloca na mesa outra questão pertinente: até que ponto é lícita a alteração de textos originais com o propósito de os tornar mais vendáveis localmente?

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Outro assunto que gostaria de saber é por que razão se interrompeu a edição em português de três minisséries, deixando-as incompletas, o que no mínimo é esquisito (até porque penso que essa editora - Clássica Editora - tenha continuado a publicar).

Essas três séries são:

1) "A Trinta-Diabos" (3 vols., somente o 1º foi editado entre nós). É uma série escolar, com o atractivo de se passar num colégio misto, com normas de funcionamento muito curiosas.

2) "Os Quatro Aventureiros" (2 vols., somente o 1º foi editado entre nós). Série de aventura, com referências explícitas à 2ª G.M.

3) "O Circo Galiano" (4 vols., somente os três primeiros foram editados entre nós). Como o nome o indica, esta série retrata as aventuras e desventuras da vida num circo.

Talvez o Mistério lance alguma luz sobre este "mistério" Very Happy (será que os níveis de venda de livros da EB já não justificavam essa aposta?)
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Strawberryzinha



Joined: 21 Sep 2006
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PostPosted: Fri Dec 01, 2006 8:17 pm    Post subject: Reply with quote

Alguém wrote:
Pois bem, estas NAC nada têm a ver com os Cinco nem, obviamente, com EB. Trata-se de uma série escrita pela francesa Claude Voillier, ao estilo de EB, mas "aclimatada" à realidade francesa, apenas tendo em comum o número de protagonistas.



Mas tenho ideia que na capa está o nome de Enid Blyton? Não foi mesmo ela que escreveu?
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misterio
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Joined: 17 Oct 2005
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PostPosted: Sat Dec 02, 2006 1:32 am    Post subject: Reply with quote

Straw, o António tem razão, a série "Novas Aventuras dos Cinco" e igual para os "Sete", nada tem a haver com Blyton, foram escritas já a autora tinha falecido. Os livro têm a caracteristica de numa das páginas ser em BD e na outra texto. O que no Livro diz é que as histórias são baseadas nas personagens criadas por Enid Blyton. O mesmo aconteceu com uma série da Editorial Noticias, de Banda Desenhada dos Cinco e que também é só baseado nas personagens.
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Na realidade e com muita pena alguns livros seriados não foram editados em Portugal, tal como o António disse. Poderia ser por não terem tido muito êxito? Uns sim outros não, porque o livro "A Trinta Diabos" teve 5 edições", hoje em dia pode ser pouco mas para a época era bastante para um livro Juvenil, o Circo Galiano chegou a ter três e duas edições para o primeiro e restantes títulos respectivamente. "Os Quatro Aventureiros" teve duas edições. O que poderá ter acontecido é que estas colecções começaram a ser editadas desde finais da década de 60 até inícios de 90 e poderá ter havido um desinteresse por parte dos leitores e por conseguinte da editora que deixou de lançar mais números. Esta colecção Juvenil também era composta por outros autores e colecções como é o caso dos "Três Investigadores", que vem assinada como sendo do Alfred Hitchcock e que só foram editados 14 volumes dos 43 existentes. Na Série "Colecção Juvenil" a clássica Editora lançou mais de 50 títulos dos quais 20 são de Blyton. Pelo menos até ao 53 foi editado e provavelmente a partir daqui deixou de ser rentável para a editora continuar com outros títulos.
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Staci Vaughn
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PostPosted: Sat Dec 02, 2006 11:20 am    Post subject: Reply with quote

Quote:
antiga tradutora Moctezuma e onde relata que tomou a liberdade de "aportuguesar" algumas coisas das edições originais


Em todas as traduções há sempre esse perigo, motivo pela qual, sempre que posso, procuro ler na versão original, o que, obviamente, era tarefa impossível quando li EB aos 10 anos.

Justiça seja feita, contudo, à nossa tradutora, no que respeita aos títulos dos livros.
Este é o link para um artigo que eu escrevi com o pseudónimo de Eduardo de Portugal
http://www.enidblyton.net/famous-five/five-have-twenty-one-adventures.html
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Staci Vaughn
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PostPosted: Sat Dec 02, 2006 11:28 am    Post subject: Reply with quote

...."Novas Aventuras dos Cinco"....


Algo que não li nem nunca irei lá.
Nada pior do que uma sequela da responsabilidade de outrem.
Alguem se lembra dos filmes Tubrarão II, III, IV .....????
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Staci Vaughn
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PostPosted: Sat Dec 02, 2006 3:41 pm    Post subject: Reply with quote

Sobre os livros juvenis portugueses nada conheço, para além de um ou outro episódio que vi na TV sobre duas gémeas.
As capas com o pendular da CP ou a Torre dos Clérigos talvez sejam mais apelativo aos jovens actuais do que aquelas fantásticas capas dos Cinco ou da Colecção Mistério que nos fascinaram.

O meu filho não gosta de ler e só obrigado é que leu dois livros dos Sete e um dos Cinco num período de 2 anos. Embora já tentasse experimentar que lesse um dos livros portugueses, obtive o mesmo resultado: desinteresse total.
Contudo, gosta de ver os filmes em DVD que venho adquirindo através daquelas colecções de quiosque. Como os filmes estão dobrados em português até a pequenita (de 6 anos) os vê com agrado.

Voltando às obras nacionais, vejamos o que nos é revelado pela Editora Caminho sobre um desses livros:

As gémeas, mais os seus amigos Pedro, Chico e João, desta vez foram para o Porto passar umas férias.
Como não podia deixar de ser, levaram consigo o Faial e o Caracol. No comboio tiveram imensa sorte, pois conheceram a Rita e o seu cão Boxie. A Rita tinha um grupo enorme de primos e amigos com quem costumava organizar montes de programas.
Juntos, acabaram por viver uma aventura empolgante. Tudo começou com a descoberta de um túnel. Onde iria dar? Seria perigoso explorá-lo? Passaria de facto por baixo do Douro, como afirmavam as lendas?
Uma noite, às escondidas, decidiram tentar a sorte...Mas alguém tinha de ficar cá fora, de vigia...O que viram uns, o que adivinharam outros, foi o princípio da história.


Se a isto não se chama plágio, vamos lá rever esta palavra no Dicionário.
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Alguem



Joined: 11 Apr 2006
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PostPosted: Sat Dec 02, 2006 6:14 pm    Post subject: Reply with quote

DBR wrote:
Em todas as traduções há sempre esse perigo, motivo pela qual, sempre que posso, procuro ler na versão original, o que, obviamente, era tarefa impossível quando li EB aos 10 anos.

Justiça seja feita, contudo, à nossa tradutora, no que respeita aos títulos dos livros.
Este é o link para um artigo que eu escrevi com o pseudónimo de Eduardo de Portugal
http://www.enidblyton.net/famous-five/five-have-twenty-one-adventures.html


Bem, a maior parte dos títulos originais dos Sete e alguns dos Cinco são um disparate total, revelando talvez aquilo que eu disse anteriormente acerca da incrível velocidade a que Blyton "despachava" os seus livros.

Ora quando se aprecia um livro num qualquer ponto de venda, espera-se uma capa apelativa, prendendo o interesse do potencial comprador; um resumo capaz da intriga na contracapa ou nas pestanas da capa; e um BOM TÍTULO que sintetize o conteúdo.

Em Portugal tiveram a decência de arranjar bons títulos, embora os primeiros livros dos Sete tenham igualmente sucumbido ao contágio dos títulos "multi-uso" (a antibioterapia ainda estava nos seus primórdios... Smile ).

Mas vale também a pena, pois é bastante curioso, comparar os títulos dos Cinco em várias línguas europeias, como se pode apreciar na secção "Database" do grupo de discussão do Yahoo sobre EB - http://groups.yahoo.com/group/blyton/
[Nota - como é um grupo de acesso restrito, é necessário estar registado para aceder aos seus conteúdos, processo que é relativamente simples]

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Ainda em relação às NAC, concordo que é exactamente o tipo de "sequela" ( Rolling Eyes ) que infesta qualquer "blockbuster" cinematográfico. Aproveitamentos...
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Staci Vaughn
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PostPosted: Sun Dec 03, 2006 2:34 am    Post subject: Reply with quote

Quote:
maior parte dos títulos originais dos Sete e alguns dos Cinco são um disparate total, revelando talvez aquilo que eu disse anteriormente acerca da incrível velocidade a que Blyton "despachava" os seus livros


Não estou tão certo disso, caso contrário o 'despacho' contagiaria as outras séries, o que não acontece.
Nos 5 Find-Outers os 15 títulos estão relacionados com os mistérios investigados, fazendo portanto todo o sentido.
Na Adventure Series, há uma referência geográfica em quase todos livros (8).
O 'Barney R Misteries' há um perfeito fio condutor, tão perfeito que o R da série se deve aos locais onde decorrem as aventuras, que se iniciam sempre por R e que aparecem em todos os 6 títulos da série.

A minha teoria para os títulos dos livros dos Sete é que a autora sabendo que os livros se destinavam a crianças dos 7 aos 9 ou 10 anos, deliberadamente optou por títulos como 'levam a melhor' 'tres vivas' 'bravos, valentes' e outras pérolas do género.

O que não consigo compreender é a ambiguidade dos Cinco, que sendo mais juvenis do que infantis, padecem do mesmo tratamento.
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misterio
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Joined: 17 Oct 2005
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PostPosted: Sun Dec 03, 2006 3:54 am    Post subject: Reply with quote

Em relação aos "Cinco", assim como as histórias dos Sete, foram seriados nas revistas, "Sunny Stories" e "Enid Blyton's Magazine", ambas para um público alvo dos 6/7 anos até aos 15/16. Possívelmente os títulos foram influenciados devido a estas publicações nas revistas. Desconheço é se todas as histórias foram editadas ou se só algumas.


http://www.misteriojuvenil.com/SunnySt.htm
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Alguem



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PostPosted: Sun Dec 03, 2006 4:54 pm    Post subject: Reply with quote

Ou seja, depreendo pelo que disseste, que quando EB escrevia por "entregas" para a Sunny Stories não tinha intenção de compilar esses fascículos dos Cinco ou Sete em livro, tendo essa ideia surgido mais tarde, possivelmente devido ao sucesso da revista, certo?

E esse processo estendeu-se às outras séries maiores ou apareceram directamente em livro (sei que os primeiros vols da S.Secreta também apareceram por entregas)?
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Alguem



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PostPosted: Sun Dec 24, 2006 7:33 pm    Post subject: Reply with quote

Virxe Santíssima! Smile

Ei-lo que volta, qual fugidio ser que se escondia nas trevas... Laughing

Que bela prenda de Natal! Obrigado Paulo!

--------------------------

Deixo aqui o post - e sucessivas réplicas - com que relancei um tópico com o mesmo nome após o crash:

Antes do crash de 4 de Dezembro (responsável pelo desaparecimento irrecuperável do tópico homónimo), discutia-se aqui por que razão teria EB optado por alguns títulos "multi-uso" - por ex. Five Have a Wonderful Time, Five Have Plenty of Fun ou Go Ahead Secret Seven - ao contrário de outras séries (Aventura, Mistério, Segredo, Mistério "R") contendo títulos que são perfeitamente descritivos dos seus livros.

Uma das possíveis explicações, penso eu, reside no próprio nome original da série: quando a colecção toma o nome dos protagonistas - The Famous Five ou The Secret Seven - EB elaborava os títulos tendo por base um grupo de pessoas, ou seja, é natural que lhes associasse emoções ou estados de espírito. Se se analisar os títulos dos livros do Nodi - em que os bonecos eram providos de vida racional - passa-se a mesma coisa. Nas outras colecções, de nomes abstractos, EB limitava-se a associar-lhes títulos descritivos: geográficos ou típicos da literatura policial/detectivesca.

Portanto, não me parece que a opção por um determinado tipo de títulos esteja relacionado com a faixa etária para a qual estariam destinados. Até porque os títulos de muitos livros das várias séries infantis de EB são bastante descritivos e sugestivos.

[Resposta da Straw]
=o( tenho tt pena do topico ter desaparecido =O(((((

[Resposta minha] Pois.... mas foi o que sucedeu

Desgraçadamente era um dos tópicos que mais informação e troca de opiniões tinha sobre EB neste forum... Penso que já ia nos 40 posts!!!

[Resposta da Straw] nem me digas nada... imbecil do autor do ataque... pra quê? =o(
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misterio
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PostPosted: Mon Dec 01, 2008 4:04 am    Post subject: Reply with quote

Graças ao Sérgio descobriu-se um novo livro de Blyton, editado em Portugal na década de 50, é ele "Bexiguinha, o limpa-Chaminés", da mesma colecção de "O Mar Encantado" e "Histórias do Tico e Taco".


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