Fórum Mistério Juvenil

[bonecadeporcelana]

É curioso mas só me deu para fazer isso na adolescência.
Uma vez resolvi escrever umas parvoíces do estilo " Tenho tanta roupa que não sei o que hei-de vestir" e "Já estou farta de ir a tantas festas".
Acontece que duas raparigas de outra turma leram aquilo, acreditaram e ficaram furiosas. Como eram amigas de uma amiga minha, perguntaram-lhe quem era a "betinha" da turma dela que ficava sentada naquele lugar e ela não desconfiou de mim, nem que era uma brincadeira. Lembro-me que se fartaram de cascar na suposta "betinha".

[Anonymous]

Eu não só escrevia como desenhava (uma imagem vale mil palavras). Lembro-me que uma vez troquei conversas com uma rapariga que não cheguei a conhecer. Era uma espécie de Messenger dos anos 80.

[carla1983]

Eu também fazia isso!! Eu lembro-me de na secundária ter lido uma msg escrita na minha mesa por algum rapaz que tinha aulas na mesma sala e eu escrevi algo de volta e depois andamos ali a trocar conversa. Era de partir a rir! Já nem me lembrava de ter feito isso se não tivesses dito.

[bonecadeporcelana]

Estava a ver que era só eu...
Lembro-me que uma vez um rapaz passou por mim e disse :
- Se eu quisesse andavas comigo!
Claro que eu não gostei do comentário e, por coincidência, no ano lectivo seguinte fiquei numa carteira onde a alcunha dele estava escrita. Pois bem, disfarcei a letra ( quem me conhece sabe que a minha letra é inconfundível ) e desenvolvi imensas teorias sobre a alcunha dele, cada uma mais excêntrica que a outra. Ele nunca respondeu. Ou já não se sentava naquela carteira ou ficou tão traumatizado que perdeu o piu.

[Anonymous]

Lembro-me de em Educação Visual (na altura chamava-se assim mesmo) certa vez desenhei uma rapariga de costas com as mãos sobre os ombros e os cabelos ao vento. A professora veio até ao fundo da sala para me pregar um raspanete mas ficou ali apenas a olhar. Depois de uns momentos apenas disse: - Se pudesse, levava a mesa para casa ou tirava uma fotografia...

[bonecadeporcelana]

Devia estar espetacular.

[Visitante]

Também escrevi na fase da adolescência nas carteiras da Escola Aurélia de Sousa, nas salas onde as mesas não eram das de madeira escura.
Bastava uma pessoa escrever qualquer coisa que no dia seguinte lá havia alguém que escrevia algo acerca e lá se mantinha longas "conversas" escritas...Era uma boa maneira de passar o tempo naquelas aulas "seca"!

[Anonymous]

[bonecadeporcelana]

[Cylon]

"Não escrevam na carteira!"
"Não escrevam na carteira!"
"Não escrevam na carteira!"
"Não escrevam na carteira!"
"Não escrevam na carteira!"

Uma vez uma professora de Educação Músical do 2º ano do "Ciclo" apanhou-me a fazer isso e levei na cabeça forte e feio! Dizia que me obrigava a ir buscar Vim para limpar aquilo...

Na primária, por sua vez, já a pensar nisso, haviam umas cartolinas amarelas com dois rectângulos ao alto, para a gente nelas se "vingar"!

Alguém se lembra destas cartolinas?

[bonecadeporcelana]

[green man]

Eu sou mesmo de outra geração...

Na minha escola e depois no colégio, se escrevessemos nas carteiras levavamos um par de estalos e no final do dia 'entregavam-nos' uma lixa e uma esponja e não saíamos sem a carteira ficar limpa. Ninguém tinha vontade de escrever nas carteiras, até porque todos tinhamos papel.

Eram outros tempos e outras educações.
Nunca fui de estragar as coisas. Ensinamentos que ficaram até hoje.
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'Ao abrir um livro, façam-o com cuidado. Nunca se sabe para onde vos pode transportar!'

[bonecadeporcelana]

Isso é porque te deram educação em casa. Infelizmente, hoje em dia, são poucas as crianças a quem é dada educação pela família. Tem de ser a escola a incutir-lhes regras ou nada feito.
Ainda ontem, saí com o meu marido e , para nosso espanto, estavam umas garrafas de vidro partidas nas traseiras do prédio ao lado do nosso, com rastilhos em pano embebido em combustível. Entretanto, apareceu um vizinho que nos disse que quem faz aquilo é um miúdo de 15 anos e que a mãe ainda o apoia.
Para além de poder provocar uma explosão e magoar alguém aqui na rua , é quase certo que aquele miúdo na escola tem igualmente um comportamento desajustado e que prejudica quem está à volta.

[Cylon]

Taliban no bairro!!! Chama mas é a CIA!!!

[bonecadeporcelana]

Eu acho que ele por enquanto ainda não pertence a nenhum grupo, mas dá-lhe tempo.